sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O crivo das peneiras...


... Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:

- Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de… 
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:

- Espere um pouco, Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? 
- Peneiras? Que peneiras? 
- Sim. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? 
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! 
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? 
- Não, Sócrates! Absolutamente, não! 
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante,resolve alguma coisa.Ajuda a
 alguém??

Melhora alguma coisa? 
- Não, Sócrates… Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.

E Sócrates, sorrindo, concluiu:

- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque:

•Pessoas sábias falam sobre idéias; 
•Pessoas comuns falam sobre coisas; 
•Pessoas medíocres falam sobre pessoas
.


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