segunda-feira, 17 de maio de 2010

...Monólogo de Hamlet

  Ser ou não ser,essa é que é a questão;
  Será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna,ou tomar armas contra um mar de escolhos e,enfrentando-os,vencer?Morrer dormir,nada mais;e dizer que pelo sono findam-se as dores,como os mil abalos inerentes à carne-é a conclusão que devemos buscar.
  Morrer-dormir,dormir,talvez sonhar-eis o problema:Pois os sonhos que vierem nesse sono de morte,uma vez livres deste invólucro mortal,fazem cismar.Esse é o motivo que prolonga a desdita desta vida.Quem suporta os golpes do destino,os erros do opressor,o escárnio alheio,a ingratidão no amor,quando podia procurar repouso na ponta de um punhal?Quem carrega suando o fardo da pesada vida se o medo do quem vem depois da morte-o país ignorado de onde nunca ninguém voltou-não nos turbasse a mente e nos fizesse arcar o mal que temos em vez de voar para esse que ignoramos?Assim nossa consciência se acovarda,e o instinto que inspira as decisões desmaia no indeciso pensamento,e as empresas supremas e oportunas desviam-se do fio da corrente e não são mais ação.
   Silêncio agora!

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