segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Reconstituição


Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo...
tive saudade e tentei me lembrar que gosto faltava,
qual era a bebida...
Fui procurando entre copos e móveis
e dei com sua boca.
A saudade era dela
A bebida era o beijo


Elisa Lucinda

Diário de um louco de Gogol...

“laboratório”, como é definido no meio teatral o período em que o ator sai à cata de conteúdos internos e externos para compor seu personagem, não raras vezes proporciona bons momentos no palco. Nesse exercício de decantação, é im­perativo sondar os confins da alm­a, peregrinar por caminhos d’antes não percorridos, trazer à superfície da consciência - ou não - a emoção em seu estado bruto. Considerando a interpretação de Diogo Vilela em “Diá­rio de Um Louco”, sua viagem pessoal foi de uma riqueza tre­menda. Única, intransferível, trata-se de uma dádiva dos deu­ses do teatro, reservada àqueles jque se atiram sem rede na fase de pré-montagem.Diogo Vilela olha a loucura nos olhos.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

...E você,tem fome de quê??



É preciso ouvir para onde cada manifestação aponta:que tipo de fome/sede preciso saciar?Não basta um só copo d água hoje para matar a sede de amanhã,nem tão pouco um único pão também não é suficiente para dar energia para toda a vida.Se teimamos em não fazer essa pergunta,acabamos sem energia,procurando nos saciar naquilo que não nos preenche.Tenho fome de tudo aquilo que faz meu coração bater mais vivo:carinho,compreensão,amor,compartilhar,solidariedade,arte relação...
Anna Kessous.